terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parte da minha história

Sou Márcia Pereira, tenho 26 anos, moro em Braço do Norte interior de Santa Catarina.
Tinha completado 18 anos no dia 04-01-2003.

No dia 04 de abril de 2003, sofri trauma no tendão de Aquiles em um acidente de trabalho. Mas, foi confirmada a lesão só 4 meses depois, tempo esse que trabalhei, tinha dificuldades para caminhar e muita dor. Fui submetida à ráfia de tendão 7 meses após o trauma inicial, contrai uma grave infecção e depois de 5 cirurgias em Tubarão-SC com complicações, houve necrose.

Familiares e amigos indicaram procurar tratamento em Curitiba-PR. Foi lá que encontrei o Dr. Rogério Bittencourt (Cirurgião Plástico) e o Dr. Sidney Silva de Paula (Ortopedista), que em conjunto realizaram grande procedimento cirúrgico (sexta cirurgia em abril de 2004) e conseguiram debelar o quadro infeccioso e restaurar parte do tendão destruído.
 

Infelizmente, existem as seqüelas quando sofremos grandes traumas e comigo não foi diferente. A dor só aumentou após a sexta cirurgia mesmo não existindo nenhuma lesão, pois estava tudo cicratizado. A dor e outros sintomas como edema, dormência no pé, sensação de queimação intensa principalmente no pé, alguns episódios de dor tipo descarga elétrica e todo quadro clinico foi constatado diagnostico de Síndrome Dolorosa Complexa Regional Tipo I.

Em outubro de 2004 comecei a ser acompanha também pelo meu atual médico o Dr. Alexandre Novicki Francisco que confirmou o diagnostico de Síndrome Dolorosa Complexa Regional Tipo I que tem como principal sintoma a dor crônica. A partir daí fui submetida a todos os esquemas possíveis para tratamento medicamentoso. Fazia fisioterapia regularmente, acupuntura e tantas outras coisas que me orientavam.

Em março de 2005, fui submetida a bloqueio neurolitico de plexo simpático lombar e obtive melhora de alguns sintomas menos em relação à dor que continuava muito intensa e tomando toda perna esquerda. O Dr. Alexandre Novicki Francisco trocava as medicações, aumentava as doses, tentava sempre vários esquemas e nada funcionava, além disso, tive alergias com varias medicações, efeitos colaterais terríveis.

Durante todo ano de 2006, as dores continuaram muito intensas apesar de toda medicação que eu fazia uso, então o Dr. Sidney Silva de Paula (Ortopedista) me indicou a exploração cirúrgica no local do trauma para ressecção de eventual neuroma, mas não concordei pelo porte da cirurgia e também porque o Dr. Sidney Silva de Paula (Ortopedista) me informou que a melhora em relação à dor era extremamente questionável.

A partir de janeiro de 2007, comecei a apresentar movimentos involuntários distonicos no pé, com alguns espasmos de maior amplitude em todo o pé.  O Dr. Alexandre Novicki Francisco solicitou avaliação neuro-psicologica e concluiu-se eu ser boa canditada para implante de eletrodo para estimulação epidural medular lombar.  Fiz uma cintilografia em abril de 2007, que mostrou sinais de rarefação óssea avançada no pé D, que corroborava para o diagnostico de Síndrome Dolorosa Complexa Regional Tipo I, confirmando o porque da refratariedade de todo e qualquer tipo de tratamento.

A partir dessa indicação procurei me informar sobre o procedimento na internet. Meus familiares, amigos pediam para que eu procurasse outros profissionais para uma segunda opinião. Sempre confiei e confio nos meus médicos. Por causa dos pedidos estive em São Paulo-SP, Porto Alegre-RS, Florianópolis-SC, Rio de Janeiro-RJ nesta ordem, todos os médicos que consultei foram unanimes para o mesmo diagnostico e indicação para o implante de eletrodo para estimulação epidural medular lombar.

CID M89.0 + R52.1


http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/webhelp/m86_m90.htm
M89.0 Algoneurodistrofia
            Atrofia de Sudeck
            Distrofia reflexa simpática
            Síndrome ombro-mão

http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/webhelp/r50_r69.htm
R52.1 Dor crônica intratável

Fotos da Lesão no Tendão de Aquiles:

Após 5 cirurgias na tentativa de
reverter lesão no Tendão de Aquiles.
Cicatriz após 6 cirurgias.
Pé atrofiado.













Este é apenas um pequeno resumo da minha longa caminhada de luta de mais de 8 anos contra Sindrome Dolorosa Complexa Regional, que graças a Deus, ao meu médico Dr. Alexandre Novicki Francisco, minha família e todas as pessoas que hoje fazem parte da minha vida teve um final muito feliz.

Por isso irei compartilhar de todas as formas possíveis as informações que possuo para tentar alcançar todos aqueles que necessitam dessas informações. E, que também conhecendo uma história de sucesso ganhem um novo fôlego fortalecendo-se para continuar lutando contra a dor crônica. Acredito que assim poderei ajudar muitas pessoas em todos os sentidos. 

5 comentários:

  1. Marcia, também sou paciente do dr. Alexandre Novicki e foi ele quem conseguiu aliviar um pouco das minhas dores das 2 hérnias de disco que me incomodavam. Viajava de Manaus para Curitiba, a fim de ser atendido por esse maravilhoso profissional. Atualmente continuo com um pouco de dores, porém elas estão bem reduzidas após procedimentos efetuados (injeções de azul de metileno intradiscais) pelo dr. Alexandre. Abraço e melhoras.

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    1. Oi, o Dr. Alexandre é uma pessoa maravilhosa e um excelente profissional. Viver num mundo de dor é terrível. Graças a Deus que o colocou em meu caminho hoje estou livres das dores e "vivendo"! Feliz natal pra você e que seu ano novo seja cheio de realizações. Abraço.

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  2. infelismente tamben sofro da mesma doença que voce,fasço tratamento no hospital santa casa com dr luiz josino , ele e um otimo medico. tenho muitas dores no pe nas pernas ,coluna ,espero ter melhora com os bloqueios cimpatico que esto fasendo,o nosso caso e igual ,mas nao gostaria de disanima ,mais tem dia que nao e facil,

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  3. albertina g pereira22 de maio de 2013 às 18:19

    oi,dr.josino ainda esto esperando a cirrurgia do meu pe.cada dia mais dor,no pe pernas coluna,joelho.esto perdedo as forças, procuro sempre lembrar no que o senhor me falou.enquanto tem agua no copo vamos lutar.neo carbolitio nao me da animo,a gabapentina, sertralina nao estao fasendo efeito. ass albertina gonçalves pereira

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  4. Estou a 3 anos sofrendo com essa doença, já fui em vários médicos e fiz vários tratamentos, mas nada de melhorar, chego a perder as esperanças. No meu caso é no ombro direito. É uma dor e queimação q não desejo a ninguem. No seu caso, vc fez a cirurgia? Deu certo?

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