Introdução
“DOR - Experiência sensitiva e emocional
desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos
tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas
experiências anteriores.”
IASP- International Association for the Study of Pain
“A dor continua sendo uma das grandes preocupações da
Humanidade. Desde os primórdios do ser humano, conforme sugerem alguns
registros gráficos da pré-história e os vários documentos escritos
ulteriormente, o homem sempre procurou esclarecer as razões que
justificassem a ocorrência de dor e os procedimentos destinados a seu
controle.
A expressão da dor varia não somente de um indivíduo para outro, mas também de acordo com as diferentes culturas”...
A ocorrência de dor, especialmente crônica, é crescente, talvez em decorrência de:
- novos hábitos de vida;
- maior longevidade do indivíduo;
- prolongamento de sobrevida dos doentes com afecções clínicas naturalmente fatais;
- modificações do ambiente em que vivemos; e provavelmente,
- do reconhecimento de novos quadros dolorosos e da aplicação de novos conceitos que traduzam seu significado.
Além de gerar estresses físicos e emocionais para os doentes e para os
seus cuidadores, a dor é razão de fardo econômico e social para a
sociedade”.
(Prof. Dr. Manoel Jacobsen Teixeira – Neurocirurgião, Fac. De Medicina
da USP).
Classificação
A dor pode ser considerada como um sintoma
ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica, mas também pode vir a
constituir um quadro clínico mais complexo. Existem muitas maneiras de
se classificar a dor. Considerando a duração da sua manifestação, ela
pode ser de três tipos:
DOR AGUDA - Aquela que se manifesta transitoriamente durante
um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada
a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção,
traumatismo ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é
corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo
especialista é seguido corretamente pelo paciente.
A dor constitui-se em importante sintoma que primariamente
alerta o indivíduo para a necessidade de assistência médica. Veja aqui
alguns exemplos:
- a dor pós-operatória (que ocorre após uma cirurgia);
- a dor que ocorre após um traumatismo;
- a dor durante o trabalho de parto;
- a dor de dente;
- as cólicas em geral, como nas situações normais (fisiológicas) do
organismo que podem provocar dores agudas, como o processo da ovulação e
da menstruação na mulher.
DOR CRÔNICA - Tem duração prolongada, que pode se estender
de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada a um
processo de doença crônica. A dor crônica pode também pode ser
conseqüência de uma lesão já previamente tratada.
Exemplos: Dor ocasionada pela artrite reumatóide (inflamação das
articulações), dor do paciente com câncer, dor relacionada a esforços
repetitivos durante o trabalho, dor nas costas e outras.
DOR RECORRENTE - Apresenta períodos de curta duração que, no entanto, se
repetem com freqüência, podendo ocorrer durante toda a vida do
indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico. Um
exemplo clássico deste tipo de dor é a enxaqueca.
Fonte: http://www.dor.org.br/publico/intro.asp
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