Por:
Artur Padão Gosling
Alessandra Evaristo Dantas
Humberto Leal Cruz Neto
Raphael Luz de Souza
Marcia Valéria Aquino Molinaro
Artur Padão Gosling
Alessandra Evaristo Dantas
Humberto Leal Cruz Neto
Raphael Luz de Souza
Marcia Valéria Aquino Molinaro
Ao considerarmos a dor como o principal
sintoma que faz as pessoas buscarem serviços de saúde, a fisioterapia
tem a responsabilidade de atuar significativamente nos cuidados ao
paciente com dor. Porém, se consideramos a dor como um problema de
saúde, atuação da fisioterapia depende da integração multiprofissional e
interdisciplinar. Síndromes dolorsosas como as cefaléias, lombalgias,
fibromialgia e síndrome dolorosa miofascial, comuns a diversos serviços
de saúde brasileiros, mantém pacientes incapacitados e afastados de suas
atividades diárias. Em vista disso, a formação do fisioterapeuta
brasileiro se encaixa nas necessidades dos pacientes com dor,
principalmente quando falamos de controle da dor e recuperação físico
funcional. Abordagens são propostas com o objetivo de modular a dor,
modificar percepções distorcidas e comportamentos anormais, combater
crenças, mitos e atitudes disfuncionais, ganho de função, retorno as
atividades e melhora da qualidade de vida. Por isso, podemos dizer que a
fisioterapia no tratamento da dor é uma intervenção física e cognitiva
comportamental, baseada em estratégias de educação e manejo da dor.
A atuação nos diversos níveis de atenção a saúde também são de responsabilidade do fisioterapeuta. Apesar da aceitação sobre a dor ser um problema de saúde mundial, a avaliação, tratamento e prevenção da dor são desafios a serem superados. Barreiras como a falta de conhecimento científico, a falta de pesquisas e de fundos financeiros contribuem para o subtratamento da dor por fisioterapeutas e outros profissionais. Eventos promovidos nos últimos 5 anos pela Associação Internacional para o Estudo da Dor concluíram que existe um grande déficit de conhecimento sobre a neurofisiologia e manejo da dor em todos os profissionais da saúde. Portanto, se faz necessária uma formação diferenciada e de educação continuada em dor.
A responsabilidade social do fisioterapeuta vai além do tratamento da dor. O respeito e dedicação ao paciente com dor são pontos muitas vezes esquecidos pelos profissionais. Frequentemente, pacientes com dor são destratados, humilhados pelos serviços de saúde e ignorados pelo seu comportamento de estar doente. A busca incansável por tratamentos, pela cura e por diversos profissionais de saúde são características marcantes aos pacientes que sofrem de dores persistentes, adquirido a necessidade de mostrar a importância dos sintomas aos profissionais – comportamento doloroso. Além disso, é dever do fisioterapeuta devolver aos pacientes o convívio social e estimular o retorno ao trabalho, com o objetivo de fortalecer a economia e valorizar o trabalho dos serviços de saúde brasileiros. Alívio da dor é um direito do paciente com dor, porém o alivio do sofrimento e das incapacidades é uma responsabilidade social e ética do fisioterapeuta.
O papel da fisioterapia exige uma atuação holística com uma abordagem biopsicossocial, o qual traz uma visão mais abrangente e humana. O contato frequente com os pacientes em sofrimento, com a incapacidade funcional e com as dificuldades em lidar com a dor necessita que o fisioterapeuta seja um profissional diferenciado. Outro importante papel da fisioterapia no tratamento da dor é desenvolver estratégias para uma boa relação com o paciente: comunicação eficaz, habilidades e educação em dor. Por diversas vezes, a relação entre o fisioterapeuta e o paciente com dor torna-se distorcida pela dificuldade que o fisioterapeuta tem em lidar com a dor e com os problemas trazidos dos pacientes, por expectativas opostas e irreais quanto ao tratamento, preocupação excessiva em aplicar técnicas e a pouca integração com outros profissionais de saúde. A maioria dos problemas trazidos pelo paciente com dor persistente não serão resolvidos com modalidades físicas. Portanto, a atuação do fisioterapeuta não deve se limitar somente a aplicação de técnicas para o alívio da dor. A compreensão, a forma de lidar com problemas e preocupações dos pacientes, o entendimento da proposta de tratamento, expectativas reais e as recomendações, bem como o ajuste das terapias as necessidades particulares aumentam as chances de adesão e efetividade do tratamento.
O entendimento da definição de dor proposta pela Associação Internacional para o Estudo da Dor em 1994 resume as principais dimensões envolvidas na dor e mostra justamente as principais deficiências dos profissionais de saúde no conhecimento sobre a dor – “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos de tais lesões”. Olhando para esta definição, vemos a importância de fatores emocionais, comportamentais e cognitivos, os quais somam-se aos aspectos físicos dos pacientes, tornando a dor uma experiência subjetiva e pessoal, influenciada por crenças, atitudes, cultura e religião. Portanto, não existe uma dor puramente física ou psíquica. Existem, na verdade, experiências dolorosas que ocorrem ao longo da vida das pessoas e que, em algum momento, podem tornar-se complexas, incapacitantes e sofridas. Cabe ao fisioterapeuta ter um papel profissional de educador, sendo responsável por atender as necessidades da população brasileira e para contribuir de forma integrada as equipes multiprofissionais e interdisciplinares de dor.
A atuação nos diversos níveis de atenção a saúde também são de responsabilidade do fisioterapeuta. Apesar da aceitação sobre a dor ser um problema de saúde mundial, a avaliação, tratamento e prevenção da dor são desafios a serem superados. Barreiras como a falta de conhecimento científico, a falta de pesquisas e de fundos financeiros contribuem para o subtratamento da dor por fisioterapeutas e outros profissionais. Eventos promovidos nos últimos 5 anos pela Associação Internacional para o Estudo da Dor concluíram que existe um grande déficit de conhecimento sobre a neurofisiologia e manejo da dor em todos os profissionais da saúde. Portanto, se faz necessária uma formação diferenciada e de educação continuada em dor.
A responsabilidade social do fisioterapeuta vai além do tratamento da dor. O respeito e dedicação ao paciente com dor são pontos muitas vezes esquecidos pelos profissionais. Frequentemente, pacientes com dor são destratados, humilhados pelos serviços de saúde e ignorados pelo seu comportamento de estar doente. A busca incansável por tratamentos, pela cura e por diversos profissionais de saúde são características marcantes aos pacientes que sofrem de dores persistentes, adquirido a necessidade de mostrar a importância dos sintomas aos profissionais – comportamento doloroso. Além disso, é dever do fisioterapeuta devolver aos pacientes o convívio social e estimular o retorno ao trabalho, com o objetivo de fortalecer a economia e valorizar o trabalho dos serviços de saúde brasileiros. Alívio da dor é um direito do paciente com dor, porém o alivio do sofrimento e das incapacidades é uma responsabilidade social e ética do fisioterapeuta.
O papel da fisioterapia exige uma atuação holística com uma abordagem biopsicossocial, o qual traz uma visão mais abrangente e humana. O contato frequente com os pacientes em sofrimento, com a incapacidade funcional e com as dificuldades em lidar com a dor necessita que o fisioterapeuta seja um profissional diferenciado. Outro importante papel da fisioterapia no tratamento da dor é desenvolver estratégias para uma boa relação com o paciente: comunicação eficaz, habilidades e educação em dor. Por diversas vezes, a relação entre o fisioterapeuta e o paciente com dor torna-se distorcida pela dificuldade que o fisioterapeuta tem em lidar com a dor e com os problemas trazidos dos pacientes, por expectativas opostas e irreais quanto ao tratamento, preocupação excessiva em aplicar técnicas e a pouca integração com outros profissionais de saúde. A maioria dos problemas trazidos pelo paciente com dor persistente não serão resolvidos com modalidades físicas. Portanto, a atuação do fisioterapeuta não deve se limitar somente a aplicação de técnicas para o alívio da dor. A compreensão, a forma de lidar com problemas e preocupações dos pacientes, o entendimento da proposta de tratamento, expectativas reais e as recomendações, bem como o ajuste das terapias as necessidades particulares aumentam as chances de adesão e efetividade do tratamento.
O entendimento da definição de dor proposta pela Associação Internacional para o Estudo da Dor em 1994 resume as principais dimensões envolvidas na dor e mostra justamente as principais deficiências dos profissionais de saúde no conhecimento sobre a dor – “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos de tais lesões”. Olhando para esta definição, vemos a importância de fatores emocionais, comportamentais e cognitivos, os quais somam-se aos aspectos físicos dos pacientes, tornando a dor uma experiência subjetiva e pessoal, influenciada por crenças, atitudes, cultura e religião. Portanto, não existe uma dor puramente física ou psíquica. Existem, na verdade, experiências dolorosas que ocorrem ao longo da vida das pessoas e que, em algum momento, podem tornar-se complexas, incapacitantes e sofridas. Cabe ao fisioterapeuta ter um papel profissional de educador, sendo responsável por atender as necessidades da população brasileira e para contribuir de forma integrada as equipes multiprofissionais e interdisciplinares de dor.